ANDRÉ DERAIN (Pintor) (1880-1954) No início de sua carreira, Derain foi totalmente autodidata. Junto com um amigo, Maurice de Vlaminck, abriu um ateliê em sua cidade natal, Chatou, mas finalmente ambos decidiram ir embora para Paris. Derain se inscreveu como aluno na Academia Carrière, onde conheceu Matisse. Ao contrário dos colegas, o jovem pintor se interessava principalmente pela arte das academias e dos museus e paradoxalmente abandonou o fauvismo pelo cubismo. A obra de Derain mostrou uma superfície mais tranqüila que o resto dos fauvistas, produto da aplicação de tonalidades quentes e harmônicas. Sua obra agradou tanto ao galerista Vollard que ele tentou repetir com esse artista o sucesso alcançado com Monet, organizando em Londres uma exposição com suas obras mais fauvistas. No entanto, ao voltar, o pintor assinou um contrato com Kahnweiler, o marchand de Picasso. Foi assim que Derain entrou em contato com a elite cubista e abandonou o fauvismo. Entre suas obras mais importantes estão O Porto de Londres (1906) e O Porto de Colliure (1905). Em seus últimos anos, Derain trabalhou como cenógrafo de balé e ilustrador de livros.